segunda-feira, 9 de julho de 2007

Parati patrimônio

No meu último texto aqui no Sobrecasaca, fiz algumas previsões sobre a viagem a Parati. Errei todas. Vejam lá: a senhora chata? Não havia. O dedão? Está intacto. Mas a previsão mais furada de todas foi a do pedinte, porque na prática, o pedinte da cidade fui eu.
Abordei praticamente todas as pessoas da cidade, com um exemplar de meu livro em mãos e um lero-lero furado. Cantei, dancei e contei a trágica história da minha vida. Consegui aporrinhar a cidade de um modo que nunca antes ela havia sido aporrinhada.
Se eu fosse prefeito de Parati, declararia guerra ao resto do Brasil, construiria uma muralha e declararia a independência local. O príncipe Orleans e Bragança poderia fazer isso, mas só quer saber de cachaça e poesia. E já que é assim, vamos continuar invadindo a praia deles todo ano.
Já ia me esquecendo da última furada que dei no texto anterior. Eu, inocente, acreditava que, ao menos, fugiria das azucrinações típicas do Rio e citei o oba-oba do Pan. Qual não foi minha surpresa, quando, hoje de manhã, vi uma multidão de paratienses correndo atrás da tal tocha do Pan. Senhoras em transe, crianças chorando, cavalos em pânico...
A humanidade quer, agora, que Parati vire seu patrimônio. Parati caminha muito bem sem a humanidade. É melhor cair fora, rapidinho.

Dan

Um comentário:

Anônimo disse...

Pois é,Dan.
Sabia q vc iria notar o seu engano,Paraty é uma maravilha!

Nunca fui,mas eu confio nas opiniões alheias...

Viva Paraty(longe da "civilização")!!!

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