sábado, 19 de dezembro de 2009

Eco-chatos

-Dan-

Durante um tempo eu gostei muito de economia. Pensava então "sou um idiota, por quê não escolhi ser economista?". Passava os dias encabrunhado, com inveja daqueles senhores graves, de terno e fala mansa, que discorriam sobre PIB, gastos e investimentos. Li alguma coisa a respeito, uns livros de macroeconomia, e eram todos meio chatolas, mas não foi isso que abalou minha relação com a economia. Foram os eco-chatos. Não os eco-chatos dos peixinhos e das árvores, mas os eco-chatos do DowJones.
O líder dessa seita chama-se Ricardo Amorim e bate ponto no Manhattan Connection. Mas ele é bonitão, bem sucedido e inteligente, então disfarça bem sua eco-chatice. Mas faz basicamente o que todo eco-chato faz: explica tudo, desde a revolução francesa até a derrota do Yankees através da economia.
Ser mais realista que o rei é a atividade principal dessa gangue. Mesmo que para isso atentem contra noções básicas da lógica. Por exemplo: "A guerra contra o Iraque foi movida pela grana!!" "Petróleo!"
Eu argumentei, quando ouvi isso pela primeira vez, que o Iraque rendia lucros altíssimos aos EUA antes da guerra, muito maiores que agora, quando o governo iraquiano licita poços. Acho que o eco-chato entrou em transe.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009