segunda-feira, 9 de julho de 2007

FLIP: Impressões de viagem

O Sandro e o Príncipe. Poderia ter sido uma história da FLIPINHA, mas não foi. Sem dúvida, o momento mais emblemático da viagem à FLIP, acompanhado pelos comparsas João e Daniel, e pelo qual começo meu relato, foi o encontro do outro comparsa presente, Sandro, com o Príncipe Dom João de Orleans e Bragança, descendente da Família Real. Parente de Dom Pedro II e bisneto da Princesa Isabel, Joãozinho, como é conhecido pelos mais próximos, abriu as portas de sua casa para um recital de poesia à luz de velas, que me remeteu ao filme “A Sociedade dos Poetas Mortos”, em que os alunos vão declamar seus poemas em uma caverna.
Nosso amigo Sandro (lá pelas tantas) ofereceu um brinde ao anfitrião, com quem conversou por um tempo. Não sei descrever com palavras exatamente o que aquela cena representou para mim. Mas, em suma, aquele encontro que tive o privilégio de observar e que durou algo em torno de três minutos era o encontro do Sandro com a Família Real, do Sandro com a Independência do Brasil, do Sandro com a abolição da escravatura, enfim, do Sandro com a História viva de nosso país. E, com certeza, não havia ninguém melhor do que o este nosso amigo querido para tal honra.
Quanto à FLIP em si, honestamente, não achei nada demais. Pelo menos, a única palestra a que assisti, dos jornalistas americano e inglês que cobriram a Guerra do Iraque, descrevendo as cenas de terror a que presenciaram não me agradou. “As moscas rodeavam o corpo do morto” (ou algo assim) foi um dos trechos que um dos palestrantes leu sobre seu livro. O resumo da (entediante) palestra, para mim, foi o momento em que a mediadora perguntou se o Brasil, por causa da Tríplice Fronteira, poderia ser um reduto de terroristas (acredite se quiser). Mas, essa palestra, até pela falta de ingressos, foi a única que tive a oportunidade de ir. A de meu pai e Lobão, que dizem que foi muito legal, não vi porque cheguei só na sexta à noite.
Mas o clima que a FLIP proporciona à cidade é uma coisa fantástica. Pessoas fazendo apresentações de poesia, teatro e música a céu aberto (e que céu!) nas ruas de pedras de Paraty, com suas casas coloniais, é uma coisa indescritível, tem algo, sei lá, com um quê de Medieval. E como é bom poder andar a qualquer hora do dia e da noite pelas ruas de uma cidade e o único medo a sentir é o de machucar o pé nas pedras.
Bem, já que comecei o relato pelo Sandro vou terminar pela cachaça, até para deixar os dois um pouco afastados (rs)... Não é necessário fazer propriamente um relato sobre ela, mas é claro que não podia ser esquecida, afinal também foi companheira importante nossa...
Os outros detalhes da viagem, como o enriquecimento do Daniel com a venda de seus livros de poesia, o encontro do mesmo com diversas personalidades da literatura nacional, a festa de encerramento da FLIP (que, claro, não poderíamos ficar de fora), e a viagem particular do João, deixo para os outros companheiros de blog.
Bem, feito o registro...
Até a próxima FLIP!

Júlio

Um comentário:

Anônimo disse...

Quer dizer que o Sandro fez amizade com Prícipe ??? Queira estar lá para ver e crer. Mais uma história para o livro "Fantásticas hitórias de Drosan Favarato". Hahahahaha. Sensacional.