sexta-feira, 9 de novembro de 2007

O infiltrado

Ontem, a revolução russa fez 90 anos. Foi aquele episódio da história que culminou nos expurgos e extermínios de Stálin. A faculdade de Cinema da Uff organizou um evento para celebrar a data, uma "festa de aniversário" para a revolução. Recentemente, o Senado homenageou Che Guevara, a Câmara Municipal do Rio, por meio da vereadora Verônica Costa, a "mãe loura", homeageou meia-dúzia de funkeiros supostamente envolvidos com o tráfico e, agora, a Uff festeja a revolução russa. Proponho que a UFRJ louve, com um banquete ou um coquetel o bandido da luz vermelha e o Escadinha. Mas voltemos à Uff. Coagido pelo irrecusável convite da Bia, minha amiga-poeta, fui parar na tal festa. Do lado de fora, uma roda de alunos ouvia um líder estudantil, sotaque nordestino, barba por fazer, proferir seu discurso inflamado contra a reitoria. Dentro, o "Encouraçado Potemkin" e uma cadeira surpreendentemente confortável me causavam certo torpor. Não deu outra. Adormeci.
Passados 40 minutos, acordei, ao som da "Internacional". Um ripongo estranho dançava uma dança estranha no palco. Alguém falava alguma coisa sobre trabalho. Saí do salão e fui ver a lua, que, linda, refletia na Baía de Guanabara seu brilho de pálida beleza.


Dan

Nenhum comentário: