terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Do ócio viemos, ao ócio retornaremos

Passar uma semana sem internet não é sopa. Foi o modem aqui de casa começar a piscar de maneira estranha, e não consegui mais entrar na dita cuja. Engraçada a forma abrupta como isso aconteceu. Sem mais nem menos, perdi quase todo meu contato com o mundo, com as notícias, com a cultura.
Perdi, sobretudo, o passatempo dos passatempos. Nada melhor do que ficar horas como um maníaco em frente ao computador, lendo sobre o expressionismo alemão ou a vida e obra de Sílvio Santos. Durante essa sombria semana de minha vida tive que encontrar um substituto para passar minhas horas de ócio. Não suportei a televisão mais do que três exatos minutos. As palavras cruzadas não duraram nem dois minutos. E o rádio eu não suportei nem pensar em ligar. Aliás, vou me recriminar até o fim dos meus dias por ter tido uma idéia tão abominável.
Foi aí que uma lâmpada apareceu sobre minha cabeça e tive uma idéia digna de gênio: escrever. Escrever à exaustão, como se não houvesse amanhã. Por mais que nada se aproveite, escrever é sempre divertido. Uma palavra engraçada brota aqui, uma outra feiosa pinta ali, e por aí vai, por entre “toleimas” e “peptídeos” você se perde noite adentro. Talvez um dia um poema feito assim, despretensiosamente, conquiste uma garota. Ou um conto bobo vire um clássico do besteirol nacional. Sabe-se lá.
Esta crônica mixuruca, por exemplo, que vai chegando ao fim, para alegria de todos, é fruto dessa sessão de passatempo “escritífero”. E será lida, provavelmente, pelos internautas desocupados que gostam de visitar uns blogs só para passar o tempo, fechando assim o grande ciclo da vagabundagem literária...

-Dan-

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