quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Terra desaba, máscara idem

O caos que se instalou na cidade devido à chuva forte e o desabamento de terra sobre o Túnel Rebouças refletiu o despreparo do governo para contornar situações extremas. Mais uma vez a população pagou pela omissão do poder público (se não me engano isso aconteceu há pouco tempo com aviões). Ficou claro que a Prefeitura não tem plano emergencial para o trânsito na cidade, nem para nada. Além disso, o que ocorreu ontem mostrou que não há solução, que não orar para São Pedro, para o problema das enchentes, que castiga os moradores desde que o samba é samba. Eu comemoro e lamento que esse caos não tenha acontecido na época do Pan. Porque, só assim a máscara de bom administrador do César Maia cairia na hora oportuna. O que me incomoda é que ao invés de aceitar a falha, o calvo de jaqueta fica minimizando o problema e jogando a culpa na Cedae, que é estadual. Ele foge da raia e ainda subestima a inteligência do povo (essa frase serve tanto para esfera municipal quanto para federal).
Pelo menos, o episódio de ontem serviu para uma coisa: mostrar aos eleitores que é preciso avaliar bem a proposta de governo de cada candidato. Não basta abalizar a proposta em um só aspecto. Não basta dizer que lutará contra a violência, que melhorará os hospitais e tudo mais. O Rio precisa de um guerreiro que não se omitirá na batalha contra os problemas históricos de infra-estrutura da cidade como enchentes, crescimento desordenado de favelas, saneamento, trânsito, poluição… Certamente não há político com esse perfil no Brasil, nem na esquerda nem na direita. A solução esta além da disputa entre as duas ideologias. Enquanto o bom samaritano não aparece, continuaremos andando com sacos plásticos nos pés, colete à prova de balas no peito e cinismo nos olhos fingindo não enxergar a degradação do Rio e do Brasil.

Lucas

2 comentários:

Anônimo disse...

O rio precisa de um xerife.

Anônimo disse...

A César o que é de César...