segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Bank of Buda

Tenho certa dificuldade em entender alguns ismos, leia-se: budismo, taoísmo e todos estes orientalismos, acredito que pelo caráter altamente abstrato e especulativo destes.Assim como um lutador de jiu-jitsu, que sempre procura levar o adversário para o chão, sua especialidade, eu procuro também trazer essas correntes filosóficas para a vida concreta, para o cotidiano, para o chão. Sou o Walid Ismail da filosofia. A noção budista de que só o presente importa, por exemplo, para mim traduz-se nos juros do meu cartão especial. Se eu fosse menos budista, não gastava aqueles 100 reais no bar. Mas o valor que dou ao presente me tornou um budista, pior, um budista falido.Já o significado do Tao é, por definição, inalcançável. Diz lá no famoso livrinho:”.........................” , ou seja, buscar a compreensão deste troço é o mesmo que enxugar gelo, apostar corrida com a própria sombra ou...quitar as dívidas no banco. Ler “Orientalismo” de Edward Said, da mesma forma, só me gerou dúvidas: “como pode alguém cair nesse papo-furado?” “Como consegui chegar à pagina 120 dessa porcaria?”. Para a teoria do livro, de que o ocidente é o grande culpado pelos males do mundo, pela violência do Irã, pela brutalidade dos grupos terroristas, etc e tal, só pude encontrar um paralelo na minha humilde cabeçola ocidental. É quando coloco a culpa sempre no outro, isentando-me de qualquer responsabilidade sobre meus atos. Assim como Said demoniza a cultura ocidental, eu costumo sempre demonizar o gerente do meu banco, os juros escorchantes, os caixas eletrônicos (aliás, malditos caixas eletrônicos!!!), tirando sempre de minhas costas o peso incômodo da incompetência para gerir minhas finanças.

-Dan-

Um comentário:

Anônimo disse...

Tem um ismo que te atrapalha a administrar suas finanças: o alcolismo.