segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Bom Dia, Rio

-Dan-


Hoje acordei pensando em Sérgio Cabral. Não exatamente na pessoa do governador, aquela figura rotunda e pimpona, mas em seu governo, seu misterioso governo. Foi um fato inédito em minha vida, já que nunca acordei pensando, quanto mais, pensando em governos. Meu despertar invariavelmente resume-se a bocejos e palavrões balbuciados. O primeiro pensamento do dia, que surge em média 5 minutos depois deste ritual, é sempre amargo e frívolo, como "espelho desgraçado!", ou " não aguento mais-não-sei-o-quê". Esse "não-sei-o-quê" pode ser até você aí, mas nada pessoal, às 6 horas da manhã até Jesus(Obama) me serve de bode expiatório. Estranho acordar pensando, e pensando em Cabral. Fosse em Cléo Pires, resquício de sonho, eu compreenderia. Mas Cabral ocupa minha mente tanto quanto a Ponte Preta, não por falta de interesse, mas por falta de notícia. Em quase dois anos no poder, o governador rendeu poucas notícias, para o bem e para o mal. Uma obra do PAC emperrada pelo tráfico, os hospitais na mesma de sempre, um tédio, que se fosse o tédio sueco seria muito bem-vindo ( - que tédio..ganhamos mais um nobel), mas é o tédio fluminense ( - que tédio...mais 15 adolescentes estupradas e mortas hoje..). Talvez eu tenha pensado em Cabral pela manhã bem cedo, porque minha cabeça opera mais ou menos como uma emissora de TV, que às 6 da manhã transmite um desenho animado de algum pônei afetado, sei lá eu. 6 da manhã não é horário para programas nem pensamentos nobres.

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