domingo, 25 de outubro de 2009

Sorte

crônica inciada com uma

frase de Vinicius de Moraes no

livro "As cem melhores crônicas brasileiras"



Eu sou um sujeito que, modestia à parte, sempre deu sorte aos outros. Mas quero deixar claro: nunca fui do intuito de ver ninguem à mercê da sorte, que dirá em função da minha.

Digo isso pois foi entrando num bar na Lapa, que não sei se famigeradamente ou pela profecia divina, se chamava “Bar da Sorte”. Logo de cara me corrigi: É… De fato, a frase que inicia a crônica realmente faz sentido. Estava com alguns amigos que até me parabenizaram pela escolha: “Um bar? Com nome de sorte? Cervejinha gelada e papo pro ar? É a benção!” Agradeci à todos, levantando como se fosse o prefeito da mesa. Meus amasiados contentes, fornecidos, satisfeitos.

Até entrar no bar um rapaz de porte alto, meio maltrapilho, fazendo a seguinte afirmação ao garçon: “Isto é um assalto!”


joao vicente

Nenhum comentário: